O governo pretende começar a discutir no segundo semestre a exploração não convencional de petróleo e gás em território nacional, disse o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, nesta terça-feira.
Ele afirmou, durante evento no Rio de Janeiro, que o Brasil tem um enorme potencial nessa área e não pode perder mais tempo diante da relevância que a exploração não convencional ganhou no cenário global, especialmente com a produção nos Estados Unidos.
Segundo o ministro, o petróleo e o gás não convencionais criaram uma revolução no mercado global, e as discussões previstas para o segundo semestre preveem a elaboração de um arcabouço jurídico para criar uma ambiente seguro para atrair investidores.
Coelho Filho não deu um prazo para a conclusão dessa regulação, mas lembrou que o governo Temer tem pouco tempo para resolver tantas demandas e problemas.
“Agora vamos nos dedicar mais ao não convencional, porque tem muito não convencional no Brasil, há uma insegurança jurídica, que no Brasil somos campeões, porque não se sabe se pode ou não pode. Tem Estados que já estão proibindo e não temos uma legislação para aproveitar esse potencial, mas o não convencional ajudou os Estados Unidos a sair da crise mais rapidamente”, comentou ele.
“Vejo o não convencional com bons olhos porque hoje temos tecnologias para não se ter os problemas ambientais que se teve. Esse debate tem que ser iniciado no Brasil”, adicionou.
O ministro acrescentou que em recente visita a Houston, nos Estados Unidos, foi procurado por empresários desse setor de gás não convencional e autoridades locais envolvidas no tema.
Há alguns anos, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP) realizou um leilão de áreas com potencial para a exploração e produção de gás não convencional no país.
O ministro não falou em prazos para novos certames ou leilões para gás ou óleo não convencional.
