O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, fará uma série de apresentações a investidores estrangeiros sobre as oportunidades dos próximos leilões de petróleo. A série de encontros começa na semana que vem, em Londres, na Inglaterra, e continuará por Nova York, nos Estados Unidos.
Segundo Oddone, investidores já têm demonstrado interesse nos projetos. “A gente tem sido muito procurado. Espero que este interesse continue até o fim do ano e se materialize nos leilões. Vamos trabalhar para que isso aconteça”, disse o diretor ao participar da posse da nova diretoria da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio), no Hotel Copacabana Palace.
O diretor adiantou que a ANP está preparando uma oferta complementar para atender a diferentes tipos de perfil de risco e de reserva nos leilões. Ele destacou, que, ontem (11), o leilão de áreas maduras de reserva teve resultado melhor que o previsto. “Muito além do que a gente imaginava e com impacto muito grande no sentido de começar a abrir espaço para novas empresas aparecerem. Tem quatro empresas que eram prestadoras de serviços e que não trabalhavam na área de exploração e produção e resolveram aproveitar a oportunidade”, citou.
“Espero que a gente tenha centenas dessas empresas, cada vez mais sólidas, cada vez mais pujantes, no futuro, explorando petróleo no Brasil”, acrescentou.
Consórcios
Oddone também disse que a ANP está preparando um modelo de consórcio para participação em leilões que possa incluir os fundos de investimentos em parceria com as empresas interessadas. “Empresas que não tenham um balanço muito robusto podem se apoiar em fundos de investimentos, especialmente, empresas menores por meio de consórcio”, adiantou.
Segundo o diretor-geral, a agência está dando ênfase no estudo para criar facilidades na formatação do novo modelo de negócio. “Estamos reduzindo exigência de capital da empresa que vai participar. Estamos discutindo este tipo de medida e como a gente pode facilitar nos contratos a formação de consórcios para que essas empresas e fundos com capacidade financeira possam dar suporte para as empresas operadoras.”
Na pasada 5ta feira 11 de Maio, o Leilão de nove campos de petróleo e gás arrecado quase R$ 8 milhões
A quarta rodada de licitações de áreas com acumulações maduras de petróleo e gás natural arrecadou hoje (11) R$ 7,9 milhões em bônus de assinatura, com um ágio médio de 1.991,52%, o maior já registrado em leilões deste tipo no país. A previsão de arrecadação inicial com a outorga dos nove campos era estimada em R$ 451 mil, valor mínimo do bônus de assinatura.
O leilão foi realizado na sede da Agência Nacional de Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no Rio de Janeiro, quando foram arrematadas oito das nove áreas inativas ofertadas e que haviam sido devolvidas pela Petrobras.
Segundo avaliação da ANP, além do bônus de assinatura, estão previstos investimentos de R$ 9,1 bilhões na recuperação e na retomada de produção das áreas arrematadas, que totalizam 92,89 km². Oito empresas fizeram ofertas, sendo seis vencedoras.
O maior bônus de assinatura foi de R$ 5,71 milhões, oferecido pela empresa Newo para a área Itaparica, na Bacia do Recôncavo baiano, cujo ágio pago sobre o preço mínimo estipulado foi de pouco mais de 8.000%.
Rodadinha
Para está rodada de licitações de áreas com acumulações marginais – a chamada rodadinha – não houve exigência de conteúdo local porque, segundo a ANP, nestas áreas “ele já é naturalmente alto, ficando em torno de 90%”.
Áreas inativas com acumulações maduras abrangem a área de concessão com descobertas conhecidas de petróleo e/ou gás natural onde não houve produção ou a produção foi interrompida por falta de interesse econômico.
Segundo ainda a ANP, as áreas foram selecionadas em bacias maduras, com o objetivo de ampliar o conhecimento das bacias sedimentares e oferecer oportunidades a pequenas e médias empresas, possibilitando a continuidade dessas atividades nas regiões onde exercem importante papel socioeconômico.
Foram ofertadas nesta rodadinha áreas no Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Bahia